Suas sessões de consultoria de imagem são cansativas e você percebe seu cliente com pouco interesse, sem engajamento e nem tem alcançado resultados satisfatórios? A taxonomia de bloom irá te ajudar significativamente. Quer testar?
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ÍNDICE
Introdução
Já pensou que o processo de qualquer consultoria envolve aprendizado? Muitas vezes, a sessão de consultoria de imagem é apenas expositiva ou já parte diretamente para a prática, sem uma estratégia clara para envolver o cliente e garantir um aprendizado efetivo.
Um consultor contratado desempenha um papel crucial ao compartilhar seu conhecimento técnico sobre um assunto específico, buscando assim comunicar e educar o consultado.
Em diversos casos, a consultoria fornece conhecimento dependente, não promovendo a autonomia do aprendizado, fazendo com que a sessão de consultoria de imagem não faça pleno sentido para seu cliente.
Portanto, é fundamental adotar abordagens que não só ofereçam conhecimento, mas também incentivem a autonomia. Utilizar a Taxonomia de Bloom é uma excelente estratégia para seguir uma trilha eficaz do conhecimento, assegurando que o que foi compartilhado esteja devidamente consolidado.
O que é a Taxonomia de Bloom?
Primeiramente, é relevante destacar que a Taxonomia de Bloom foi desenvolvida em 1956, resultado de um esforço conjunto de várias universidades norte-americanas lideradas por Benjamin S. Bloom, visando organizar os objetivos educacionais em uma hierarquia.
Essa estrutura não apenas categoriza, como também orienta o processo de aprendizado, proporcionando uma direção clara para o desenvolvimento do conhecimento.
Quer entender melhor como funciona? Imagine a Taxonomia de Bloom como um mapa, indicando não só os destinos finais, mas também os caminhos a serem percorridos em cada estágio.
Assim, a chegada à reta final do conhecimento torna-se não apenas uma possibilidade, mas uma jornada estrategicamente guiada pelo primeiro passo
Como aplicar a Taxonomia de Bloom às suas sessões de consultoria de imagem?
Diante disso, conheça os níveis envolvidos no aprendizado de forma a aplicá-los em seus atendimentos.
1- Fazendo seu cliente recordar durante a sessão de consultoria de imagem
Para iniciar o aprendizado, traga à memória da sua cliente algo associado ao que será apresentado. A familiaridade com o assunto não só aumenta o engajamento, mas também fortalece o poder de associação.
É como se você dissesse: ‘Vamos dirigir por essa estrada, mas não se preocupe, ela é muito parecida com aquela que você pega para ir à casa dos seus pais.’ Dessa forma, sua cliente se sente capaz e encorajada a seguir adiante.
Pergunte sobre as roupas da infância, que usava na juventude, peça para recordar suas maiores inspirações de look. Quanto mais puxar à memória do seu cliente, maior arcenal de informações você terá sobre a mesa para começar seus trabalhos.
Faça perguntas, sem parecer uma entrevista, e deixe seu cliente lembrar e responder.
2- Ajude seu cliente a compreender
Ao recordar, solicite à sua cliente que identifique o que está sendo apresentado. Ela poderá localizar em suas memórias algo muito semelhante.
No exemplo da estrada, ela pode questionar-se: ‘Mas você está falando da autoestrada ou da estrada que corta por dentro?’
Para garantir total segurança, ajude-a a esclarecer o que está sendo dito e apresentado. Dessa forma, será não apenas um passo de compreensão, mas também uma possibilidade de reprodução.
Associar o apresentado à realildade do cliente, é o mesmo que criar uma âncora nesse assunto. Nunca deixe um assunto ou um ponto da conversa sem uma associação pessoal.
3- Hora da mão na massa aplicando o aprendido
Muitos profissionais de consultoria de imagem não exploram esse nível com seus clientes.
A etapa da aplicação e prática ocorre, no entanto, muitas vezes se limita à reprodução, não à interpretação.
Reproduzir é ver e copiar. Imagine que você foi ao teatro, assistiu a uma cena e reproduziu tudo que foi visto. Reproduziu os sentimentos, as expressões, o figurino. Interpretar, por sua vez, tem a ver com seu toque especial. A peça de teatro agora é o roteiro que você recebeu, e as expressões serão dadas ao seu compasso. A aplicação permite que o conhecimento encontre um lugar que lhe faz sentido em sua mente, mas também encontrou espaço.
Quem quer aprender a andar de bicicleta, precisa experimentar o equilíbrio por si só. O aprendizado é semelhante, precisa ser praticado, mas também compreendido como um processo único e pessoal.
Seu cliente precisa testar.
Aprendeu sobre cores? Hora de testar.
Aprendeu sobre proporções? Hora de testar.
É testando que será possível criar conexões com as etapas anteriores.
4- Aprendendo a autonomia, criticando e analisando
Após praticar o que foi orientado, é preciso analisar e criticar. O que quer para si? O que não se alinha com sua realidade, estilo de vida e conhecimento prévio? Essa etapa envolve testar o conhecimento e perceber sua veracidade.
Sabe quando diz a uma cliente que amarelo e roxo combinam, e ela faz cara de espanto?
Quando apenas mostra a imagem, ela pode até concordar, mas aquilo não significa muito. No entanto, se ela experimenta a combinação, seja com peças de roupas ou ferramentas que permitam a experimentação, ao visualizar a imagem que ela mesma montou, será possível analisar e ponderar se é agradável aos olhos e realmente harmonioso.
Mas lembre-se: a crítica deve partir do cliente. Se você já ensinou, já apresentou e agora estão na fase dos testes, quem precisa ponderar é o próprio cliente. Depois que ele apresentar seu ponto de vista, você pode complementar, mas somente depois do cliente.
Dessa forma você o encoraja e também fornece um ambiente para que possa ser autonomo e perceba o que realmente fica bom ou não.
Esse processo faz muito mais sentido, não é mesmo?!
5- Agora é possível criar
Ao perceber por sua própria iniciativa que o amarelo harmoniza com roxo e provar que de fato o faz, agora é hora de criar novas possibilidades com o conhecimento adquirido.
Por que harmonizam? Porque você conheceu uma ferramenta que lhe permitiu o trajeto a esse resultado; o que mais pode fazer?
No estágio da criação, você recebe toda a energia do aprendizado, percebe tudo o que pode fazer com o que aprendeu e recebeu do seu conhecimento técnico.
É o momento da mágica, do encanto e da realização.
Desfrute desse momento com seus clientes, permita e explore o que você pode fazer.
6- Enfim, agora se pode bater o martelo
A última etapa do processo de aprendizado é validar. Você dá sinal verde a essa nova ideia, a esse novo caminho que foi criado.
Concede o lugar devido para o novo aprendizado e permite que ele se conecte com outras ideias, criando novas possibilidades.
A avaliação e validação ficam a seu cargo, unicamente a seu cargo. Como? Recordando um atendimento realizado.
Compreendendo como direcionou o conteúdo. Aplicando a taxonomia de Bloom de forma hipotética. Analisando o que poderia ter sido diferente. Criando um novo fluxo para seus atendimentos.
E agora sim, sair e validar seu novo método.
Pronta?!